Na carne para Ele
Abrem-se as margens do sofrer
Um caminho de via unica
Pontes não existem
Sopros são extintos
O abismo é presente
E longínquo
O amor é algo fundo
Penetrante, dilacerante
Que encurrala, amordaça
Nos faz retornar infantis
Mover peças de um jogo sem fim
Sacrificar as nossas almas por nada
Eloquente e mansa
Ela invade, corrompe
E penetra sem perceber-mos
Faz-nos fingir inúteis
Desolados, frágeis
Rouba nossa vitalidade
Pensamento já não temos
E a virtude de falar nos cessa
A minha mão calejada de escrever
Esquece da escrita
Provoca na língua um gosto amargo
Porem, gostoso e macio
Aprisionante
És um piche sem fim
Oh! Grande e podre sentimento!!
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
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Um comentário:
Esse foi longe, profunda, gostei!!!
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