quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Da carne ao sofrer

Na carne para Ele
Abrem-se as margens do sofrer
Um caminho de via unica
Pontes não existem
Sopros são extintos
O abismo é presente
E longínquo

O amor é algo fundo
Penetrante, dilacerante
Que encurrala, amordaça
Nos faz retornar infantis
Mover peças de um jogo sem fim
Sacrificar as nossas almas por nada

Eloquente e mansa
Ela invade, corrompe
E penetra sem perceber-mos
Faz-nos fingir inúteis
Desolados, frágeis

Rouba nossa vitalidade
Pensamento já não temos
E a virtude de falar nos cessa

A minha mão calejada de escrever
Esquece da escrita
Provoca na língua um gosto amargo
Porem, gostoso e macio
Aprisionante
És um piche sem fim
Oh! Grande e podre sentimento!!

Um comentário:

K30 disse...

Esse foi longe, profunda, gostei!!!

Postar um comentário