domingo, 14 de dezembro de 2008

Ruína de um poeta

Admito que sou um vencido

Que trabalhei por uma causa em vão

Que estou preste a me jogar

E morrer sem razão


Sou um perdedor

Dentre os soldados fui eu o de menos prestigio

Fui eu, que menos lutei com ardor.

E fui derrotado facilmente


Admito...

Deixei a escuridão nos tomar conta

Permiti políticos nos influenciar

Com pensamentos bobos, utópicos.

Consenti a nossa sociedade agoniar


Transformei-me em sombra

Considerei o bom em ruim

Destruí o sonho brasileiro

Não ajudei as crianças pobres


Demudei-me em um ditador sórdido

Roubei moedas de um cego

Desbanquei o nosso ideal

Nossos pecados foram expostos


Me conformei ao notar a diferença do pobre

Encontrei no desencontro o sabor do não


Arruinei o meu ser

Induzi o mal em nossas mentes

Provoquei o nosso fracasso

Furtei a minha alma para vendê-la


Mas, mesmo assim, não consigo te esquecer.

Te amo...

2 comentários:

Unknown disse...

Foi uma das poesias mais emocionante que já li.Parabéns essa poesia é sensacional,brihante,maravilhosa

K30 disse...

puts, legal pra caramba essa, Gostei...
Parabéns!!!

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